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segunda-feira, 11 de março de 2013


LIMINAR

Nos dicionários, liminar implica várias acepções que pouco têm a ver com seu sentido em meu saite, logoi.com.br. É um adjetivo e seu significado mais próximo de meu interesse é o que ocorre no Aurélio eletrônico (versão 7.0, de 2010): “relativo a, ou que constitui um limiar ou passagem.”
Diz-se, então, de um fato ou evento, que é liminar quando ele assinala alguma transição considerada importante ou, pelo menos, mais relevante que o usual. Pessoas e coisas também podem desempenhar, no campo narrativo, papéis liminares.
Seja exemplo do momento a Venezuela, que politicamente experimenta situação liminar, devido à morte de seu presidente, Hugo Chávez. Também o vice-presidente, nesse transe, é figura liminar, por ocupar transitoriamente a função, na espera por novas eleições.
Liminar é também a atual fase da Igreja, que prepara o conclave, pela estratégica debandada do papa, que preferiu torcer por melhores dias para ela, e, é claro, para ele.
Para o conclave, aguardam os cardeais que o Espírito Santo ― intimado a sustar suas columbinas e rotineiras tarefas ―, venha meter seu bico na humana política. E, ultrapassado o limiar entre o aquém e o além, se anime em aprofundá-lo nas cardinalícias tramoias, sempre mais próximas das mefíticas emanações do poder e da pompa que dos celestes vôos de que eternamente ele se ocupa. Na expectância se sustêm todos os demais interessados: que o ambiente da fé se areje nos vindouros tempos, livres dos pedofílicos miasmas.
Liminar, ainda e também, é o estágio por que transita meu saite – logoi.com.br -, que, embora encoberto pelas digitais moitas do ciberespaço, se exibe com novo visual, como percebe quem o revisita.

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