LIMINAR
Nos
dicionários, liminar implica várias acepções que pouco têm a ver
com seu sentido em meu saite, logoi.com.br.
É um adjetivo e seu significado mais próximo de meu interesse é o que ocorre no Aurélio eletrônico (versão 7.0, de 2010): “relativo a, ou que
constitui um limiar ou passagem.”
Diz-se, então, de um fato ou evento, que é liminar quando ele assinala alguma transição considerada
importante ou, pelo menos, mais relevante que o usual. Pessoas e coisas também podem
desempenhar, no campo narrativo, papéis liminares.
Seja exemplo do momento a Venezuela, que politicamente
experimenta situação liminar, devido à morte de seu presidente, Hugo Chávez. Também
o vice-presidente, nesse transe, é figura liminar, por ocupar transitoriamente a
função, na espera por novas eleições.
Liminar é também a atual fase da Igreja, que prepara
o conclave, pela estratégica debandada do papa, que preferiu torcer por melhores
dias para ela, e, é claro, para ele.
Para o conclave, aguardam os cardeais que o Espírito
Santo ― intimado a sustar suas columbinas e rotineiras tarefas ―, venha meter seu
bico na humana política. E, ultrapassado o limiar entre o aquém e o além, se anime
em aprofundá-lo nas cardinalícias tramoias, sempre mais próximas das mefíticas emanações
do poder e da pompa que dos celestes vôos de que eternamente ele se ocupa. Na expectância
se sustêm todos os demais interessados: que o ambiente da fé se areje nos vindouros
tempos, livres dos pedofílicos miasmas.
Liminar, ainda e também, é o estágio por que transita
meu saite – logoi.com.br -, que,
embora encoberto pelas digitais moitas do ciberespaço, se exibe com novo visual,
como percebe quem o revisita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário